domingo, 7 de abril de 2019

Serra da Estrela

Terça-feira - 26/03/19
Pegamos a estrada por volta das 8:30 e seguimos pela A1 até a entrada para Viseu, usando a A25. 
Igrejinha da Santa Casa de
Gouveia
Na A1 o pedágio é aquele que você pega o passe ao entrar e na saída paga o que usou da estrada. Deu cerca de uns 3 Euros. Na A25 é um pedágio que vai acumulando na placa do seu carro, não precisa parar nem nada. Nos dias subsequentes você vai até uma tabacaria qualquer credenciada no QPago e paga o total de pedágios que passou. Também não é caro, considerando a qualidade das estradas.
Numa delas, numa descida muito íngreme tem umas saídas arenosas com elevação para os caminhões que por azar perderem os freios entrarem nelas e poderem parar. Achei sensacionais.
Bom, seguimos até Gouveia, no pé da serra. Duas horas de viagem, 168 km. 
Sopa de feijões verdes
A cidade de Gouveia é uma fofura. Toda limpinha, com monumentos, igrejas, muita história e pouco movimento. Dizem que ela teria sido habitada desde o século VI antes de Cristo. Existem fragmentos dessas épocas em alguns locais dali.
Encontramos um restaurante e comemos risoto de pato, com uma sopinha de feijões verdes antes. O senhorzinho que nos serviu era uma simpatia.
Depois fomos até o belvedere da cidade e seguimos nosso caminho em direção à Manteigas, o que levou mais ou menos uma hora.
Essa cidade linda e branquinha é o ponto onde os turistas param normalmente, no inverno para descansar e depois seguir para a Torre (local mais alto de Portugal) e para as pistas de esqui. Mas nós passamos, por ela e seguimos adiante pois já tínhamos reservado hotel em Covilhã.
Castelo de Belmonte
A estrada é bem sinuosa e chega dar um medo das ribanceiras que se passa bem pertinho.
Antes de chegarmos em Covilhã, passamos por Belmonte do lado oposto que entramos na serra. Belmonte é a cidade onde nasceu Pedro Álvares Cabral e a cidade com a maior comunidade judaica de Portugal.
A cidade é cheia de história a exemplo de todas as demais, tem vários monumentos, castelos e sinagogas. Conseguimos nos perder, na pequena cidade porque como as outras, ela remonta de séculos atrás e não tinha uma organização de ruas como hoje. 
Depois de tomarmos um café numa pequena cafeteria, percebemos que estávamos do lado oposto do Castelo de Belmonte, onde tínhamos estacionado o carro na frente. Dê-lhe pernas! Paramos numa sinagoga para pedir informação e o senhorzinho foi mega atencioso com esses dois bobos brasileiros.
Achamos o carro e rumamos para Covilhã. Dei uma folga pro Paulo e fui dirigindo. 
Sem mentira, a subida pro hotel que é na encosta da serra, é tortuosa, estreita e fui atrás de um ônibus quase todo tempo. A cidade é pregada nas ribanceiras... não sei como aquele povo faz para ir de um lado pro outro,
Paisagens bucólicas
subindo e descendo... mas enfim, chegamos ao nosso hotel... fiquei boba. 
Como era baixa temporada conseguimos um preço legal no Luna dos Carquejais. Um desbunde. Imagino que no inverno ele fique lotado. É muito lindo e a paisagem lá de cima mais linda ainda.
Tomamos um banho, descansamos e descemos para comer no restaurante. 
A exemplo de todos os portugueses que socializamos, o maitre e o garçon foram de uma simpatia tamanha que ficamos conversando longamente.
Eu comi uma truta e o Paulo comeu bacalhau. De sobremesa um mousse de lima... dos deuses. O vinho foi sugerido pelo maitre que nos trouxe um vinho branco raro da serra, por ser uma produção pequena e limitada. Muito bom!
Amamos. Aliás, todo mundo gosta de ser bem tratado né?
...
Quarta-feira - 27/03/19
Pouca neve  na Torre
Acordamos e fomos para o cafe(zão) da manhã do hotel.
Tinha tanta coisa que acabei comendo o trivial... mas o Paulo... heheheheh! Se ele ler isso me mata. Mas tava muito bom. Aliás, os pães de Portugal... affffff!
Fechamos a conta e saímos direto para a Torre.
O caminho é lindo e eu imagino que no inverno a visibilidade deva ser bem difícil devido à neve. Pudemos ver a barragem Covão do Ferro, mas sem neve ela é só mais uma barragem.
Encontramos neve, bem pouca, mas sim. Lá em cima da Torre inclusive dava para fazer um "esquibunda" se quisessem.
Compramos umas coisinhas típicas na banca lá de cima, tiramos muita foto, passamos frio e começamos a descida.
Conhecemos Loriga, uma cidade lindinha, pequena, branquinha e como todas as outras, com pouquíssima gente na rua. Caminhamos por ela e depois rumamos
Loriga
para Alvoco da Serra e Cabeça. Nessa última, com exceção de um caminhãozinho, não vimos viva alma. Também, tem 178 habitantes... deviam estar dormindo depois do almoço...
No retorno entramos nas praias fluviais de Loriga. Que coisa mais linda! Vários locais para banho na beira de um rio e uma ponte super antiga fazem da paisagem um cartão postal.
Voltamos então em direção à cidade de Seia, para sairmos da serra. Paramos num big mercado, tomamos a sopa do dia (sopa de pedra, juro!) e seguimos para Porto.
Vimos bastante coisa na serra, paramos para fotografar porque as paisagens são lindas. Obviamente que se tivesse mais neve seria mais bonito, mas super valeu a pena. Fiquei com a impressão de voltar no tempo em alguns lugares. 
Aquela parte central de Portugal transpira história.
Adorei. 

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