sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Lembranças

Dizem que quando a gente vai ficando velho, as lembranças vão ficando mais saudosistas. E é verdade.
Nestes últimos tempos tenho lembrado com muito carinho da minha infância, dos dias que passavam muito mais lentos do que agora, das férias que pareciam eternidades, da sensação de aconchego e segurança que eu sempre
6 anos de alegria
tive com a minha pequena família.
Das lembranças mais remotas está a época em que ainda vivia em Nova Prata, com cinco anos, passagens da casa da minha vó Elvira, imagens da cozinha da casa onde ela costumava me servir aquele pãozinho quentinho, pequeno e delicioso. Onde ela com suas mãozinhas frágeis, afetadas pelo Parkinson, teimava em servir o leite pro café da tarde. 
Lembro inclusive dos cheiros daquela época. Cheiros que associam ideias. Por exemplo, aquelas árvores que florescem na saída da primavera e me remetem à imagens guardadas na memória do clube e da piscina antiga do Grêmio Pratense. Sempre que passo por uma dessas árvores, seja onde for, fecho os olhos e consigo visualizar e sentir a mesma vontade que eu sentia de me atirar nas águas azuis daquelas piscinas.
Lembro das estadias nas casas dos parentes quando, já não morávamos em
Fer, mano e eu
Nova Prata e vínhamos para passar o final de semana. Consigo sentir como se fosse hoje a sensação de alegria por estar com minhas primas menores na casa da vó Ely, fazendo bagunça no quarto dela. Num dia específico, que ficou sempre na memória coletiva de quem estava lá, uma guerra com as calcinhas da vó aconteceu. Um embate entre os menores contra os maiores. Minha vó entrou e uma calcinha voadora alcançou os ombros da incauta idosa que deu risada e nos mandou recolher os objetos recém lançados.
De todos os primos e toda a família, principalmente a da parte materna, a pessoa que eu mais queria por perto em todas as fases sempre foi a Fernanda. Ela é sobrinha da minha mãe, filha da minha madrinha. Eu a considero até hoje como minha irmã. Amo muito e sempre me diverti demais com ela. Passagens alegres sempre tem aquela carinha sorridente por perto.
Eu tenho muita saudade. Minhas memórias são em sua imensa maioria maravilhosas. Minha infância foi repleta de cores, cheiros, sabores, vivências e a situações maravilhosas. 
Meus pais sempre foram corretos, amorosos e souberam dizer não e puxar minha orelha nas horas certas.
Eu agradeço a eles por tudo e por tornar minhas saudades tão boas de sentir.


Aniversário de aninho do meu irmão

Miss Cascata da Usina

Praia com familião

Natal em família

Mais um Natal

Praia com paizão

Mais praia

Tio David

Mãe e eu em Torres

Pai e eu em Torres - tava frio!

Mãe, mano e eu - Nova Prata

Vô Primo

Vó Elvira

Vó Ely

2 comentários:

  1. Lendo lembrei de um monte de coisas também,creia. Desde que subimos no trem da vida a cada estação colhemos mais e mais informações,conselhos,exemplos e a vida segue sobre os trilhos da educação,respeito,percepção,fé no Criador,até passarmos para além do horizonte misterioso donde ninguém voltou para contar o que existe lá de fato.Abração minha filha amada e querida...deixemos a locomotiva seguir.....beijos.

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  2. Se ficou melancólico para ti imagina para nós.Foram embora...deram rumo à s suas vidas e nos ficamos assistido, como num filme a cada etapa. Temos muito orgulho de voces e te amamos demais...Fica bem e ficaremos também! Beijo.

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