quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Monstros

Estou acabando a leitura do Frankenstein de Mary Shelley.
Fico imaginando que sou um pouco como Victor Frankenstein. Aliás, todos somos.
Criamos nossos monstros e eles nos perseguem, às vezes a vida inteira,
aniquilando nossas aspirações, nossos desejos, nossas vontades. 
Por vezes esse monstro pode ser uma lembrança, uma ideia, um sonho, qualquer coisa que se cristaliza, impõe limites e tolhe o progresso de nossa caminhada.
Para exemplificar, de maneira mais tosca, podemos passar a vida acreditando que uma coisa é verdade. E num dia qualquer você acorda, se dá conta que passou boa parte da sua história achando que uma coisa é real, e, na realidade é outra, ou nem é. Inevitável sentir nesse momento que você é um tremendo babaca.
Monstros imaginários são muito piores que monstros reais.
Monstros imaginários perseguem você durante o sono, acordado, durante o dia, nas suas férias, no seu trabalho.
A melhor maneira de neutralizar a força maligna desse ser abominável é policiar seu pensamento.
É fazer um exercício diário consigo mesmo, perguntando: vale a pena sofrer por isso? É real? Ou eu estou conjecturando? 
A vida é curta, é breve, num piscar de olhos acaba tudo.
Deixe os monstros viverem livres, liberte-os de sua imaginação e faça com que assombrem outras criaturas.
Não vale a pena cria-los!
Desapegue. Deixe os monstrinhos de sua cabeça em 2013. 
Entre em 2014 sem esse peso.
Até mais.



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Sinta-se em casa!