terça-feira, 18 de março de 2014

Pessoas

Nestes longos anos convivi com muita gente. Gente que valeu a pena ter conhecido e gente dispensável.
As pessoas são difíceis. Mesmo as mais afáveis e bem educadas.
Cada ser humano é um universo de fluídos, emoções, hormônios, neurônios, e tudo isso trabalhando ininterruptamente em cada um poderá em algum momento conflitar com o universo do outro.
Não são raros os embates da vida e isso se revela desde o bebê e vai até os momentos derradeiros. Seja na conquista do brinquedo do outro ou na perda gradativa da autonomia no fim da vida.
Em geral, a regra primordial da boa convivência é abstrair. Não é fácil, mas é a chave de tudo.
Numa certa visita à uma querida amiga em Foz do Iguaçú, aproveitamos para fazer o passeio no Parque Internacional. Lá pelas tantas o guia explicava algo sobre o passeio e alguém falou uma coisa sem nexo, que a colocaria em risco. Ele olhou para a gente que tinha ficado para trás, deu um longo suspiro e disse: "Ah! As pessoas.....". Nunca mais esquecemos o jeito como ele disse isso, querendo dizer que não há limites para a ignorância humana. Rimos muito, mas o cara era um sábio.
Uma pessoa que é legal, acorda num dia de péssimo humor e trata você mal. Provavelmente ela se sentirá muito pior que você quando se der conta do que fez. E creia, o peso de ter feito uma coisa impensada é muito maior que a mágoa provocada em outra pessoa.
Existem mil mantras que a gente pode usar todo o dia antes de sair de casa. Obviamente que nenhum deles vai te proteger de gente de má índole, mas pelo menos você pode tentar não se abalar com pessoas grossas, chatas, pentelhas e com todo tipo de "más virtudes".
Diariamente eu encontro diversos tipos por aí. Mesmo naqueles dias em que posso ficar em casa, me deparo repentinamente com um atendente de padaria mau humorado, um porteiro indiferente, entre outras criaturas abjetas. Tinha um tempo que eu fazia de propósito cumprimentar, encher o saco. Hoje pago na mesma moeda: indiferença, cara de bunda, ... que seja.
Quando a gente é novo, parece que somos o centro do universo e tudo conspira contra ou a favor (mais contra, claro) de nós mesmos. E quando levamos uma "patada", somos vítimas de grosseria, parece que o nosso mundo desaba. Ficamos tristes, magoados e pensamos como o mundo é cruel.
Na minha idade já aprendi que isso não tem valor nenhum, muito embora eu tenha de vez em quando, vontade de encher a mão na cara da pessoa que foi rude comigo.
Conselho se fosse bom a gente vendia, mas escutem a tia velha aqui: quando você encontrar ou "for encontrado" por um tipo desses, desvie, corra para as montanhas, tente fingir que é uma pedra. Se o choque for inevitável, respire cem vezes seguidas e pense: não vale a pena! #Ficadica.

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