Totoco. Esse era o nome do pato.
Ele era órfão e minha mãe levou para casa, quando morávamos em Sertão. Eu tinha 12 anos nessa foto.
O Totoco era como um cachorro. Aguardava nossa chegada da aula, fazia festa, seguia a gente por tudo, especialmente o meu irmão.
Lembro que íamos na horta achar minhoca e ele ficava na volta esperando.
Na época a moda era mulher usar umas gravatas, e volta e meia o bichinho entrava gravata adentro e a única maneira de tirar era cortar ou esperar a boa vontade dele.
Foi um período tão feliz que eu chego a lembrar de detalhes, de aromas, de sabores, de situações mínimas. Saudades boas!