quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Breve Retrospecto

Esta é uma nova seção no blog. A seção em que falo dos meus filhotes peludos.
A minha história com animais começou cedo. Quando morávamos em Nova Prata, um dia minha mãe retornou da faculdade que cursava em Caxias do Sul com um filhote que ela encontrou por lá. Trouxe para casa escondido e dentro da condução que usavam. Eu me lembro vagamente, mas a cena que mais aparece quando penso nisso é de todos nós dando banho nele no chuveiro. Quando ele comia, às vezes ficava grudado no céu da boca e minha mãe tinha que ajudá-lo.
Depois dele veio a Diana, uma cachorrinha pequinês. A primeira lembrança dela é que era muito pequena, parecia uma bolinha de pelo que caminhava. Mudamos para Casca e ela foi junto. A lembrança de quando ela morreu um tempo depois, envenenada, é que foi uma cena foi muito triste. Fizemos um enterro digno, embaixo de dois pés de coqueiro com a presença de minhas amigas e meu pai. Toda vez que passávamos por aquele local ela era lembrada.
Fui crescendo e quando morávamos em Sertão, trouxemos da praia em Santa Catarina uma cadelinha que o rapaz vendeu para minha mãe como sendo poodle. Tinha os pelinhos bem enroladinhos. A volta para casa foi épica. Um de nós tinha que ficar cuidando da filhota enquanto os demais comiam, iam no banheiro, porque a viagem era longa. 
A Branca cresceu e depois de adulta tinha pelo liso branco e era uma super vira lata. 
Totoco nas minhas mãos
Depois de um tempo, estávamos na colônia a passeio, na casa de amigos e a dona da casa nos contou que uma pata tinha tido patinhos e rejeitou todos eles. Sobrou apenas um vivo. Imediatamente pedimos para levar para casa. O Totoco era uma figura. Ele seguia a gente como se ele fosse um cachorrinho. Meu irmão era a pessoa preferida dele. Os dois na horta procurando minhocas é cena recorrente nas minhas lembranças. 
Na época era moda mulher usar gravata... ele entrava e a gente tinha que cortar a dita cuja para retirar ele de dentro.
Mudamos para Muçum e ficamos um longo tempo sem nenhum animalzinho. 
Meu irmão ganhou uma tartaruga só que ela era grande e quando ele viu o tamanho dos cocôs que ela fazia e ele tinha que limpar, desistiu. Devolveu ou soltou no rio. Não lembro direito.
Lembro de umas tartarugas do rio que eram menores e o mano pegava para criar. Ficavam em aquários e era uma mão de obra levar para os finais de semana em Nova Prata, chacoalhando e tal. Ele caçava moscas (eca!) e minhocas para dar de comer às tartarugas.
Apareceu também um coelho que acabamos dando para uma vizinha em Nova Prata porque ela tinha um pátio cercado e gramado onde ele viveu muito tempo. Lembro dele enorme de grande e bem branco.
O tempo passou e vim morar em Porto Alegre. Depois de uns anos meu irmão também veio. Íamos todo o final de semana para Nova Prata pois nosso pai tinha se aposentado e eles compraram uma casa lá onde vivem até hoje.
Jimi I
Num desses finais de semana o mano apareceu com um filhote de dálmata. Nome? Jimi (de Hendrix). Ele era lindo e uma pestinha. Seis meses e estava enorme. Pulava na gente sem noção do tamanho, mas era adorável. Um vizinho mal amado deu veneno para ele e para outros cães da redondeza e partiu nosso amiguinho. Foi muito muito triste especialmente para os meus pais que eram os "pais" dele.
Jimi II
Logo depois desse fato, num outro final de semana, eu estava sentada no andar de baixo com a minha mãe e entrou pela porta uma coisiquinha peluda e minúscula. Claro que estávamos combinados, o mano e eu de levar ele para os nossos pais e criamos essa cena para comovê-los. Meu irmão pegou o filhote no brique dias antes e levou para o apartamento em Porto Alegre dentro duma mochila. Ele era minúsculo e pulguento. O primeiro banho dei numa bacia, no meio da sala, no chão. O nome? Jimi 2. Era um cachorríneo cocker spaniel que fez companhia aos meus pais por 14 anos. Ele marcou a nossa vida de várias maneiras e minha mãe com várias mordidas... o companheiro inseparável de meu pai deixou saudades, mas viveu uma vida de príncipe!
Gerbil
Nesse meio tempo em Porto Alegre eu comprei uma hamster laranja chamada Alemoa e em seguida mais quatro gerbils. Ela era laranja e fofa. Um dia a hamster fugiu e fiquei desesperada. Dois dias depois, desisti de procurar e comecei desmontar a gaiola. Olho pro corredor e lá estava ela, em pezinho, com as patinhas da frente juntas me olhando. Chorei de alegria. Um tempo depois levei ela para minha mãe que cuidou da pequeninha até ela morrer. Era impossível dar atenção para os minúsculos seres com a minha rotina. Doei os gerbils para os meus vizinhos. 
Peixe beta
Comprei um peixe beta para mim e um para o meu namorado na época. O meu viveu num minúsculo aquário alguns meses, pulando constantemente para fora e voltando pelas nossas mãos ao recinto de água. O do meu namorado levei de ônibus para ele (juro!!!!!)... quem conhece aquela estrada não acredita que chegou vivo sem despejar toda água para fora em cada curva. 
Nelson e Abelha
O tempo passou, casei, mudei de apartamento, não tinha mais nenhum animalzinho. Engravidei, Rafaela nasceu, me separei. 
Em 2006 resolvi adotar um gato e vieram dois: Nelson e Abelha. Abelha acabou indo para Nova Prata e Nelson está conosco há dez anos.
eu e Alemoa
Em 2007, frio de maio, chegou em nossa casa a Alemoa que já nos deixou por uma infecção renal. Depois vieram Bartolomeu, Ébano, Aimée (in memorian) e Luan. Todos gatos. Vivi uma fase de intensa elurofilia.
Depois da partida do Jimi 2, minha mãe adotou a fofa Belinha, uma guaipequinha que leva vida de princesa. Ela é muito fofa e delicada. Companheira inseparável de minha mãe.
Recentemente, mês passado, nos chegaram duas novas vidinhas: o Tebaldo (beta que a Rafa ganhou de presente do dindo) e a Chanel, uma cachorrinha yorkshire que reativou meu afeto por cães.
Chanel
Depois do Nelson eu mudei completamente minha visão sobre ser responsável por um animal de estimação. Eu não os vejo mais como minha propriedade. Eu os enxergo como meus filhos e minha responsabilidade até o fim. Quem me conhece sabe: mexe comigo mas não mexe com meus filhos!
Acho que escrevi o bastante por agora... Eu tinha um blog até o início do ano em que constantemente falava dos meus filhos felinos, o Repositório da Marilia. Ele está lá ainda e dá para ter uma noção de quanto eu cresci por causa deles, de quanta gente conheci e sou muito grata a eles por tudo isso!
Luan
Bartolomeu

Aimée

Rafaela
Ébano
Mamis e Belinha

2 comentários:

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