sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Diferenças

Eu não gosto de ficar dizendo o tempo todo que "só podia ser no Brasil", "imagina se fosse brasileiro", "na Europa é diferente" e coisas do gênero... mas a realidade me faz comparar, mesmo que eu não verbalize por aí.
É tanta disparidade que eu fico triste. De verdade. Que país é esse que minha filha, quem sabe meus netos viverão?
Por exemplo, ontem estava lendo que Paris perdeu para Londres como capital de maior turismo na Europa. Alguns dos motivos é que Londres é mais limpa e segura. Gente, eu não vi um achaque, um assalto, nem nas notícias de TV da França. As calçadas, com exceção do cocô dos peludos (que são muitos) são mega limpas, ninguém joga lixo no chão e acho que nem os turistas com medo de serem abordados. 
A polícia na cidade de Paris anda 75% à paisana, inclusive nos carros que não tem nada escrito. Isso inibe os malfeitores do trânsito e da cidadania.
Outra coisa diferente é a paisagem. Você não vê um poste de luz nas calçadas. É tudo subterrâneo. A paisagem fica livre, dá mais sensação de liberdade, sem contar nas fotos que não tem aquela fiarama horrível que atrapalha tudo que nem aqui.
Um item peculiar tanto em Londres como Paris (ainda que este seja um item que Londres está na frente também) é o transporte público. Desde a estrutura como na divulgação. Não tem como se perder. O máximo que pode acontecer é distração e você sempre tem solução prática como trocar de lado na estação. Isso você pode fazer no Rio e em São Paulo, mas não tem o nível de informação que tem nas duas cidades europeias.
Olha gente, eu sinto falta quando estou fora de uma coisa: da nossa comida. É verdade que temos mais fartura de alimentos, principalmente in natura, e é uma pena que o nosso país não aproveite isso em seu favor. A não ser iniciativas esparsas e individuais, o que se vê por aqui é excesso de impostos, todo tipo de falcatrua em todos os níveis (e subníveis) da nação gerando riqueza pros espertos se perpetuarem no poder e iludindo a imensa maioria da população.
Eu fico triste, mas penso que sou privilegiada de poder, mesmo esporadicamente conhecer outras realidades e sonhar que daqui algumas gerações, talvez, o nosso país não cause mais vergonha quando nos perguntam fora de qual origem você é.
Beijo

4 comentários:

  1. É um privilégio conhecer outros povos,só assim pode-se chegar a conclusões óbvias......estamos a milênios da civilização ,de verdade.O Brasil ainda não proclamou sua independência educacional...pelo jeito ainda vai demorar....

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  2. Marilia, querida Amiga...sabes o q penso pois tivemos 1 ano curtindo mensalmente a redação de ZH...onde tudo vinha de cima para baixo...cabia a nós apenas opinar...sugerir(jamais) ate poderiamos...mas dificilmente eram aceitas nossas sugestões...mas voltando a EUROPA...ñ te esqueces q eles tem milhares de anos 2/3 mil anos, nós somente 500 e sempre GOVERNADOS POR ORDINARIOS...OPORTUNISTAS...E DITADORES...mas um dia chegaremos lá acom a liberdade expressão bem mais do q temos atualmente e com mais autoridade...pois um dia TEREMOS EDUCAÇÃO...coisa q ninguem nestes 514 anos fizeram ou seja EDUCAR O POVO É DEIXAR O TRONO...mas eu acredito chegaremos la repito...- grande abraço Amiga e otimo fim de semana.- jader martins.-

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  3. Acho que jamais chegaremos lá.
    Como professora de "Ciências Humanas" me sentia na obrigação de incutir nos meus alunos a esperança, reavivar sonhos, quando esquecidos, mas...diante da realidade, já não tenho argumentos.
    A Europa partiu para educação do povo e nós para o desmonte do sistema educacinal. Nestes trinta anos de trabalho só tenho visto regressão.
    O trabalho feito por ZH, no Julinho me levou para sala de aula em dia de folga.É exatamente aquilo que descreveram.Não é uma exceção. É a dura realidade de nosso estado e nossos professores.Não sabemos o que querem de nós, que rumo seguir e assim iremos a lugar algum...

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  4. Quando a gente tem oportunidade de sair do país vê coisas melhores (Europa em geral) e piores (Cabo Verde, por exemplo), mas diante do que somos e do que temos a gente vê que o que falta aqui não são recursos e sim caráter. Ser "filha" de uma terra sem ética ou o mínimo de decência de personalidade é isso que envergonha.

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