segunda-feira, 29 de junho de 2020

Zaragoza

No dia 09 de março, após sairmos de Lérida, e percorrermos 152 km, chegamos ao nosso próximo destino: Zaragoza, capital de Aragão.
Fonte da Hispanidade
Fonte da Hispanidade
(países colonizados)

Claro que tínhamos que ter uma historinha de viagem pra contar: nosso hotel (Hotel Avenida) era bem no centro histórico. Mas esta cidade tem uma peculiaridade: ruas muito estreitas de mão única e algumas se confundem com calçadas. Dito e feito: ao chegarmos no centro histórico nos perdemos e saímos numa viela na contramão. Para nosso azar (ou sorte?) a polícia estava passando e veio atrás da gente. Eles entenderam que éramos estrangeiros e estávamos com dificuldade naquele trânsito. Nos escoltaram até o hotel, cujo estacionamento foi outra saga para encontrar (no subsolo da praça na frente do hotel só que até descobrir como entrar...)... passado o sufoco, fomos descansar um pouco.
O Hotel Avenida é muito conhecido na cidade, os quartos são enormes e ele fica exatamente no meio das atrações da cidade.
Depois de um breve descanso, saímos para caminhar em direção ao rio Ebro. Já de cara, com o cair da tarde, o colorido do céu e as luzes, ficamos boquiabertos com a Basílica Nossa Senhora do Pilar e a Ponte de Pedra. Estes cartões postais são aqueles tipos de imagens que nunca mais saem da sua memória. São de perder o fôlego, ficar mudo apenas contemplando. 
Rio Ebro, Ponte de Pedra, Basílica
No século I D.C. havia outra ponte nesse mesmo local. A ponte de pedra atual foi iniciada em 1401 e entregue à cidade em 1440. Os leões, símbolos da cidade, foram colocados sobre a ponte em 1991.
Dali seguimos para a praça da Nossa Senhora do Pilar e pra a Fonte de Hispanidade. Os jogos de luzes são lindos.
Continuamos pela Calle de Affonso I, passeamos até um mercado na Plaza Espanha e depois jantamos num restaurante com temática americana na Calle de Affonso I. 
Dali fomos para o hotel (tudo isso a pé).
No dia 10 de março, acordamos, tomamos nosso café e fomos enontrar nosso free tour na fonte da Hispanidade. 
Se forem para lá, recomendo o tour com o Diego Laborda. Ele é muito culto, sabe muito e é um querido.
O nosso trajeto com ele consistiu em um tour guiado na Plaza del Pilar, na Basílica, na Muralla romana (ainda dá para ver o que restou), na Ponte de Pedra, no Mercado Central, no externo da Catedral de la SEO. Com riqueza de detalhes nos explicou sobre a arte Mudejar e sua importância na cultura espanhola.
Uma peculiaridade foi a estátua de César que tínhamos visto no dia anterior. Ele nos explicou que foi um presente de Mussolini na época que a Espanha ajudou a Itália e vice versa com seus presidentes fascistas. Tem até uma sigla que as pessoas nem dão bola, mas é a sigla fascista do ditador italiano. Muitos na cidade nem imaginam. E quem conhece odeia a estátua.
Neste ponto ele entrou com a gente no que tinha sido um prédio antigo de mercadores (Lonja de Mercaderes), nos explicou detalhadamente os ornamentos exteriores e os interiores. Neste local rolam sempre exposições de diversos tipos. Engraçado que ao passar pelo lado de fora se você não estiver com um guia, nem vai dar bola. Imperdível.
Depois nos deu uma aula sobre o prédio do Ayuntamiento. 
Dali seguimos para o tubo (El Tubo) que consiste em diversos (muitos mesmo) locais com tapas (prato típico da Espanha) de todos os gêneros e especialidades. O tubo consiste em inúmeros becos e ruelas e o guia nos explicou que o grande barato é beber e comer um tapa num, sair e ir pra outro, e assim por diante, passando por vários. No final da noite não se sabe bem onde vai parar, mas o que interessa é a diversão.
Ele nos deixou na Plaza Espanha no mesmo local em que estivemos na noite anterior.
Já estava próximo do meio dia, compramos um lanche e fomos ao hotel comer e descansar.
...
Nesta altura eu já estava sabendo que Rafaela teria que retornar do intercâmbio por conta da situação do coronavírus na Itália e estava muito aflita. O Paulo foi um querido me entendendo nessa situação, porque eu estava muito nervosa.
...
Tomamos a decisão de procurar uma agência da Avis para trocarmos a data da entrega do carro. A ideia era pegar uns dias a mais e não ficarmos mais em Madrid devido a situação da capital estar complicada.
...
Saímos à tarde e fomos caminhar. Encontramos uma manifestação de agricultores. Centenas de tratores marchando pela cidade, interrompendo o trânsito.
Caminhamos até a central ferroviária da cidade cujo nome é Delícias, e encontramos uma Avis onde fizemos o ajuste que queríamos no aluguel do carro.
Na volta, paramos no Palácio de La Aljaferia. Fizemos a visita guiada e foi super bacana. A guia nos mostrou detalhes e sobreposições de épocas porque passou a edificação.
Nós entramos inclusive no parlamento de Aragão que fica nesse prédio.
Voltamos ao hotel, depois saímos dispostos a comer tapas. 
Paramos em três lugares diferentes seguindo a sugestão do guia. É bem bacana mas quem não curte muito é o bolso... =)
Voltamos tarde e fomos dormir. 
Dia seguinte partiríamos para mais uma etapa.
Acho que é uma das cidades mais lindas que já visitei. Foi pouco tempo, mas dá com certeza pra passar uma semana e curtir muito.
...
Dia 11 de março acordamos, tomamos café e partimos para Pamplona.

Alguns registros:



















Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sinta-se em casa!